Puxadinho da Literatura
Construindo um novo espaço para abordar, de maneira criativa, a Literatura Brasileira.
domingo, 14 de julho de 2019
terça-feira, 17 de outubro de 2017
Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovakloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o Sul. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando. Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza. E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: - Pai, me ensina a olhar!
Eduardo Galeano
http://deniseludwig.blogspot.com.br/2013/08/arte-em-pinturas-de-pais-e-filhos.html
domingo, 1 de outubro de 2017
Enamorada, olhando o céu, o sol, vocês
Chego, como Leminski, a uma única conclusão:
"Mesmo que a terra não passe da próxima guerra
Terra, mesmo assim valeu
Valeu encharcar esse planeta de suor
Valeu esquecer das coisas que eu sei de cor
Valeu encarar essa vida que podia ser melhor
Valeu, valeu
Valeu, valeu
Valeu, valeu
Valeu, valeu"
Chego, como Leminski, a uma única conclusão:
"Mesmo que a terra não passe da próxima guerra
Terra, mesmo assim valeu
Valeu encharcar esse planeta de suor
Valeu esquecer das coisas que eu sei de cor
Valeu encarar essa vida que podia ser melhor
Valeu, valeu
Valeu, valeu
Valeu, valeu
Valeu, valeu"
Foto: Nelson Porto Neto
Local: Schwarzwald - Bar do Alemão
sábado, 16 de setembro de 2017
O AMOR ANTIGO
O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
a antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.
Carlos Drummond de Andrade
Imagem: www.potedecitacoes.com.br
terça-feira, 30 de maio de 2017
sexta-feira, 12 de maio de 2017
segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
AMAR, VERBO REFLEXIVO
Quantos lixos revolvidos em busca de amor...
E as migalhas ardentemente desejadas apodrecem longe de
ti.
Chega, finalmente, a sua hora, a sua vez:
O momento de buscar-se em si e, nessa busca, saciar-se.
E em delirante e narcisista autofagia,
Sentir-se objeto do desejo
De quem diariamente te contempla do espelho.
(Mercedes
Santiago - contista de "Bang Boom Crash" e Rainha da chuva)
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“Mulher em frente ao espelho” (1932), Pablo Picasso |
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