Visualização dos cordéis - instrução rápida
Nos posts anteriores, em que
aparecem as capas de cada um dos livretos (são 9 histórias):
1º - Clique na imagem da capa;2º - Aguarde. Você será direcionado ao Google Docs;
3º - Assim que acessar a tela com slides, para facilitar a visualização você pode:
a) No menu superior clicar VISUALIZAR e em seguida em INICIAR APRESENTAÇÃO
b) Ou pressionar as teclas CTRL + F5
4º - Caso também queira ouvir a história, você pode clicar no link logo abaixo da imagem da capa do livreto.
Eita, trabalheira!
Pra chegarmos até aqui, o caminho
foi looooongo.
Nossa saga começa no 1ºA do
Colégio Paulina, esta brava (muito brava) professora propôs o trabalho com
Literatura de Cordel e a discussão acerca do papel social da mulher.
Primeiramente traçamos um
objetivo: criar narrativas de cordel em que a figura heroica fosse uma mulher.
Daí o título do projeto – “Rainhas do Cordel”
Em seguida estudamos um pouco o
gênero cordel, que tem suas raízes na tradição oral e foi trazido para o Brasil
pelos colonizadores, popularizando-se no Nordeste. As histórias de cordel, declamadas ou cantadas
com fundo musical em feiras, são impressas em livretos, ilustradas por
xilogravuras e expostas em cordões (varais) para serem vendidas ao público.
Fizemos a leitura de histórias
escritas por cordelistas famosos. Estudamos a estrutura do gênero: sextilhas,
redondilhas, esquema de rimas...
Antes de começarmos a composição
das histórias, foi discutido o papel social da mulher, sua presença do mercado
de trabalho, a maneira como é representada na mídia, nas narrativas que ouvimos
desde a infância – conto de fadas, por exemplo. Concluímos que o gênero
feminino sempre é associado a uma certa vulnerabilidade
e fragilidade. Cabe ao homem salvar a mulher em situações de perigo. E a
bravura masculina é que o habilita a sair de casa e, como grande provedor,
sustentar o lar, enquanto à mulher, com sua sensibilidade e delicadeza, cabe os
cuidados com a casa, os filhos, o marido...
Opa! Mas as mulheres são frágeis
e vulneráveis? Elas não têm cooperado com o orçamento familiar? Muitas delas
não são chefes de família, as provedoras da casa? A mulher tem a capacidade de
exercer apenas funções ligadas ao cuidado? No mercado de trabalho existem funções
específicas para cada um dos gêneros?
A partir dessas questões surgiu uma outra, bastante pertinente ao nosso trabalho: A mulher poderia participar de uma batalha ou de uma guerra?
Lembramo-nos de heroínas dos filmes, das histórias em quadrinhos, de figuras
históricas como Joana d’Arc. E para inspirar e comemorar o centenário do Rei do
Baião, Luis Gonzaga, ouvimos e analisamos a canção “Paraíba Masculina”.
A música faz menção a um evento
que não tem comprovação histórica: Na Paraíba, mulheres viram-se forçadas a
defender sua cidade da invasão de cangaceiros, pois os homens estavam ausentes.
Armadas de pau-pereiro, elas teriam colocado os bandidos pra correr!
Devidamente inspirados e
instruídos quanto às características do cordel, os alunos do 1ºA começaram a
compor suas narrativas nas quais a figura heroica seria uma mulher.
Concluídas a histórias, elas foram
transcritas para os livretos que foram ilustrados pelos alunos do 1ºC, sob orientação
da Professora Ariadena, de Arte.
Eis aí as histórias, leiam-nas e
comentem-nas aqui ou no Facebook. O melhor comentário ganhará um par de
ingressos para o cinema! ;)