sábado, 31 de maio de 2014

ESCALANDO "A MONTANHA MÁGICA", EM GRANDE ESTILO!

    Comentei em sala, no 1ºA do Paulina, que daria meu reino pela oportunidade de ler "A Montanha Mágica", de Thomas Mann. Quando duas alunas demonstraram estar se empenhando para encontrar o livro, achei bacana a atitude, mas não desencorajei. Pensei que elas teriam dificuldade em encontrar, como eu tive, e desistiriam. Qual não foi minha surpresa quando, ontem, uma delas conseguiu emprestá-lo para mim numa biblioteca e a outra o adquiriu num sebo e me deu!
     Nossa, gente...
    Eu me lembrei da passagem bíblica em que Davi manifesta o desejo de beber a água de um poço que estava muito bem protegido por exércitos inimigos e seus guerreiros arriscam a vida e conseguem lhe trazer a água. Lembrei também do conto "A Cor Branca da Amizade", de Paulo Venturelli, em que o amiguinho do narrador foge do internato em que estavam prometendo voltar lhe trazendo uma flor que simboliza a amizade.
    Davi, emocionado, não toma a água, oferece-a como libação, pois foi fruto de sacrifício e se considera indigno de tomá-la. No conto, o menino que fugira nunca mais volta, mas só a promessa e a intenção de seu coração já são valorizadas pelo narrador.
     Eu também me considero indigna e a intenção das duas mais que me comove. Mas a intenção traduziu-se em atitude e eu vou sim tomar posse da benção. De ambas! Lerei um dos livros até o vencimento do empréstimo e continuarei a leitura no meu próprio exemplar. Que luxo!
     Não vou me privar deste privilégio porque o próprio Venturelli diz que morrer sem ler "A Montanha Mágica" é morrer duas vezes. Então, como eu considero demais o que meu mestre diz e como a oportunidade de ler a obra chegou até mim da maneira mais especial possível, já iniciei a escalada. 
      Muito obrigada, Ana Meiri e Kauinne! Muiiiito obrigada! 



Pedrina Oliveira

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