sábado, 18 de julho de 2015

ROMPENDO O SILÊNCIO COM AS MINHAS IRRELEVÂNCIAS

Estou me despedindo do Centro de Curitiba.
Estou me despedindo do barulho dos carros, das motos e dos busões.
Estou me despedindo das paredes e da mobília, companheiras da minha solidão.
Estou me despedindo de uma 'provisoriedade' que, quem diria, eu gostaria que fosse definitiva.
Estou me despedindo da falta de espaço, da bagunça que ela provocava (eu não!), das paredes tão finas (sei que já as mencionei), de todos os ruídos que se ouviam através delas: agradáveis, incômodos ou constrangedores.
Estou me despedindo silenciosamente dos vizinhos, cujo nome desconheço.
Estou me despedindo de uma fase grandiosa, de sonhos, suspiros e lágrimas no colchão de segunda linha.
Estou me despedindo de algumas das melhores lembranças e momentos da minha vida.
Estou me despedindo e, quem sabe, até mais ver, Centro de Curitiba.
P.S.: E a quem eu invadi com a minha privacidade, peço perdão.


2 comentários:

  1. Também me despedi exatamente deste jeito... Não esqueci nada, mas troxe além do que devia. A saudade...não há espaço que caiba.

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  2. Também me despedi exatamente deste jeito... Não esqueci nada, mas troxe além do que devia. A saudade...não há espaço que caiba.

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