As flores sempre estiveram presentes nas composições poéticas, símbolos máximo da beleza e indispensáveis na celebração do amor romântico. O poeta Afonso Lopes de Almeida ressaltava que a importância das flores vai além do que é aparente.
A FLOR
Que linda flor! – dizeis – porém
reparai bem:
vede que a sábia Natureza
não lhe deu só beleza,
mas fê-la útil também.
Beleza que é só beleza
embora que nada se iguale,
é coisa fútil…
Pois, com franqueza,
ser belo de nada vale,
se não se é útil.
Leis da vida, leis do amor!
Tudo produz, e o produto
novos produtos adiante,
constante, continuamente!
A flor se transforma em fruto,
o fruto faz-se semente,
volta a semente a ser planta,
torna a planta a abrir-se em flor!
Se tudo é útil no mundo,
e produtivo, fecundo,
nós, por nosso próprio bem,
trabalhemos,
estudemos,
sejamos úteis também!
Afonso Lopes de Almeida
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